segunda-feira, novembro 21, 2005

Concerto Sigur Rós - Coliseu de Lisboa, 20 Novembro 2005



O quebrar do gelo

A noite de ontem, dia 20 de Novembro, por muitos era aguardada com grande expectativa. Para uns era um reencontro com uma banda que há uns anos pisara o mesmo Coliseu, para outros, como eu, era a primeira experiência ao vivo do universo dos Sigur Rós.

A primeira parte do concerto esteve a cargo de quatro raparigas conterrâneas da banda principal, as Amina. Com instrumentos tão originais como caixinhas de músicas, violinos, serrotes, pianos, cordas, copos, etc, a banda foi uma agradável surpresa para quem as ouviu. As suas melodias doces e surpreendentes foram como um aperitivo para a música que se seguiria.

Os Sigur Rós entraram em palco e através das suas sombras ouvimo-los e vimo-los a tocar “Glósóli”, a faixa de abertura do último álbum.
Com jogos de luzes fantásticos que mudavam a cada de música e com um ecrã que passava de tempos a tempos imagens tão enigmáticas como a própria música, os Sigur Rós fizeram com que toda a audiência ficasse rendida às suas melodias densas, idílicas e originais.

A voz do vocalista Jónsi Birgisson é surpreendentemente arrepiante ao vivo e parece entrar nos ouvidos e mexer com todos os nossos sentidos.
Se aquelas músicas já quando ouvidas em cd no conforto das nossa casas têm a capacidade de nos fazer sentir e sonhar, ao vivo as emoções são ainda maiores.

O repertório do concerto centrou-se sobretudo em músicas do recente “Takk” mas o encore foi deixado a cargo da poderosíssima “Untitled #8”, música que encerra o álbum “ ( )” .

O concerto foi tão bom ou melhor do que se esperava. Os Sigur Rós consagraram-se de vez entre nós e o seu profissionalismo e alma sentem-se nas suas músicas que ao vivo ganham uma aura ainda maior e mais misteriosa.
Os Sigur Rós e as Amina (que aliás tocaram com eles) vieram ao palco agradecer duas vezes. Mas somos nós que lhes temos de agradecer por nos darem momentos e músicas tão especiais com a capacidade de nos hipnotizar. Takk.

6 comentários:

Anónimo disse...

Não é todos os dias q temos oportunidade de ouvir ao vivo música como esta!
Estes rapazes que vêm lá de um país à parte, quyase extra-terrestre surpreenderam-me fortemente! Nunca pensei que fossem tão bons como foram. Por nos levarem a países longínquos, esta banda merece cada vez mais a nossa atenção. Por tudo o q de bom nos deram, um grande aplauso! 5*!

Anónimo disse...

p.s.- como sempre, gostei de ler as tuas linhas. Bem claras! *

s. disse...

Devo ter sido o único a achar que faltou algo. Talvez tenha a ver comigo próprio mas cheguei lá e apesar de ter gostado faltou aquela mistica. Provavelmente teve a ver também com o estado de espirito de cada um e apesar de tar com muita vontade de os ver não achei nada de transcendente.

Quero ser crítico gastronómico disse...

Sublime!

Anónimo disse...

Estive lá e só posso dizer que foi absolutamente genial. Vi o concerto na 1ª fila, ao centro.. foi arrepiante.
O jonsi tem uma voz fantástica.
Sem duvida o concerto da minha vida.
Só me desiludio nao terem tocado a Svefn-G-Englar, musica que eu mais ansiava por ver ao vivo.
5*

P.S.(Encontrei o Jonsi na rua, comprimentei-o e falei uns instantes com ele antes do concerto eheh)

Spaceboy disse...

Com muita pena minha não pude ir, mas a minha prima (que colabora no meu blog) foi e também gostou muito. Ainda bem que foi assim tão bom, para a próxima não os posso perder!