sexta-feira, junho 09, 2006

Super Bock Super Rock – Act II 7 Junho



A consagração dos arquiduques

Ainda estava um sol radioso quando os Editors entraram em palco. A imagem negra e algo gótica que tínhamos da banda (concebida pelo imaginário das suas músicas e vídeos) desaba por completo quando o concerto inicia. Em palco estão quatro rapazes vestidos como qualquer jovem, simpáticos e prontos para dar início a um concerto para uma plateia não muito completa. A certa altura o vocalista confessa estar espantado por nós, audiência, conhecermos tão bem as músicas da banda, especialmente os singles. Numa actuação não muito longa, tivemos direito a uma música inédita, a uma cover da “Road to nowhere” dos Talking Heads e a actuações enérgicas de grande parte do álbum de estreia, “The Back Room”. Para uma banda com ainda pouca experiência nos palcos, os Editors saíram-se muito bem e revelaram ser bastante profissionais e entusiasmantes.

Depois do concerto dos dEUS que me passou ao lado e de uns The Cult completamente desenquadrados do perfil da noite, subiram ao palco os Keane, banda pela qual nutro uma certa simpatia. O concerto começou bem e animado mas após umas quatro músicas a monotonia instalou-se. Em vez de apostarem nas músicas mais “festivaleiras”, o alinhamento dos Keane tinha inúmeros momentos calmos demais para o tipo de evento, o que levou a um certo desinteresse por parte do público.

Por volta da uma da manhã entraram em palco a banda por quem todos esperávamos. Com “This boy” os Franz Ferdinand iniciaram o seu grandioso concerto, onde não faltaram os grandes êxitos como “Take me out”, “Michael”, “Do you want to”, “The Fallen”, “Walk away” e, a encerrar uma hora e meia de puro êxtase, “This Fire”.
A glorificação da banda escocesa estava feita: o público rendeu-se por completo à energia contagiante dos arquiduques. Pulos, palmas e gritos eufóricos foram elementos que não faltaram neste concerto que fechou em grande o primeiro dia do Act II do Festival.

No Palco Quinta dos Portugueses não se pode dizer que houve um “grande” concerto. Os que chamaram mais a atenção do público foram os Linda Martini, com os seus instrumentais longos de mais, e Legendary Tiger Man que estava na posição algo ingrata de ser o antecessor dos Franz Ferdinand, por quem o público tanto ansiava.

Os pontos altos da noite foram mesmo o primeiro e o último concerto: a boa revelação que foram os Editors (que esperamos que voltem brevemente e de preferência para um concerto de noite e com mais público) e a consagração dos Franz Ferdinand.

5 comentários:

Anónimo disse...

Epah, FF foi lindo, até q enfim q os vimos! lol e editors são mlhores do q pensávamos, grande actuação! grandes concertos! :D

Miguel Domingues disse...

Espero que, no futuro, os Editors possam vire a ser tão regulares em Portugal quanto os Franz Ferdinand se estão a tornar.

Anónimo disse...

Concerto da noite.. dEUS! Sem duvida nenhuma.
Gostei mais da actuação dos Franz Ferdinand em Agosto passado, no Lisbon Soundz.. lol, sou a única pessoa que conheço que não apreciou muito a actuação deles.. Infelizmente não vi Editors.. Keane recusei-me a ver :P

Sílvia S. disse...

Já vai um pco atrasado este comment, mas cá vai.
O concerto de que mais gostei foi mesmo o dos Editors, a expectativa que tinha para os ver era muita, e não saiu de forma nenhuma gorada.Só espero, como todos aqui, que voltem depressa e sozinhos! dEUs, foi bom, mas na Aula Magna, em Dezembro, foi magia... Os Franz são uns bichos do palco e andam a tomar um gostinho peculiar pelo público português. Se a moda pega :D.

Anónimo disse...

Excellent, love it! » » »