segunda-feira, janeiro 23, 2006

“Match Point” (2006), Woody Allen



Desconstrução do amor

Woody Allen deixou a sua Manhattan natal e instalou-se em Londres, onde realizou o seu mais recente filme.
Mas esta não é a única mudança significativa deste realizador que já vai na sua 36ª longa-metragem (mantendo a média de lançar um filme por ano): além da variação do cenário, Woody Allen encontrou uma nova musa inspiradora, a sempre fascinante Scarlett Johansson, e escreveu um argumento que de cómico tem pouco.
“Match Point” é o filme mais negro, denso e imprevisível que Allen alguma vez fez.

Chris (Jonathan Rhys Meyers) é um professor de ténis irlandês que pretende ascender socialmente e para isso casa com Chloe Hewett (Emily Mortimer), uma jovem mulher de uma família abastada.
Contudo, Chris conhece Nola Rice (Scarlett Johansson), a noiva do seu cunhado, e entre os dois inicia-se uma funesta e obsessiva paixão que vai levar a acontecimentos trágicos.

“Match Point” marca o regresso em magnífica forma do realizador/argumentista pelo qual já muitos tinham perdido o interesse.
Na realidade, este filme tem uma vitalidade e força atroz, capaz de deixar qualquer de boca aberta com o seu desenrolar. A meia hora final do filme é das coisas mais inesperadas que se podem imaginar, tornando este “Match Point” num soberbo exercício dramático que roça muitas vezes o film noir dos anos 40.

O elenco do filme é maioritariamente britânico à excepção dos dois protagonistas.
Jonathan Rhys Meyers desempenha com um enorme à vontade o ambíguo e moralmente inferior Chris enquanto Scarlett Johansson continua a subir o nível das suas interpretações, afirmando-se mais uma vez como uma actriz a seguir com bastante atenção.
A cidade de Londres tem também um importante papel neste filme ou não fosse Woody Allen um especialista em filmar grandes metrópoles, dando-lhes um carisma e vidas próprias.

“Match Point” é já um dos meus favoritos do ano.

* * * * *

13 comentários:

Anónimo disse...

Grande filme. Adorei, 5em5. A Scarllet está mt bem, comprovando a boa actriz que é, aumentando o seu potencial à medida que a sua carreia se desenvolve (tirando a ilha)
E o protagonista não está mal, como diziam, até pelo contrário.
E gosto da pronuncia britanica!
O ano começa bem com este filme.

Anónimo disse...

p.s.- tu caiste-me para o lado certo da rede;P am.t

Joana C. disse...

Júlio: também não percebo porque é que o protagonista tem recebido criticas tão negativas.
A metáfora da bola de ténis está magnífica ;)
***

Princesa Sisi disse...

epa vcs sao viciados demais em woddy allen, o filme não é tão fantabulástico qnto vcs afirmam, mas pronto... cada um tem a sua visão. Na minha eu não achei o filme tão grande e achei que o protagonista era péssimo como ator, muito frustrante... isso é mto visível, mas mais uma vez o que é claro pra um pra outro pode ser totalmente obscuro. eu daria uma nota de 3.5/5 ao filme. Ja a opera como banda sonora ficou muito bem e deu muita vida ao filme.

Com todo o meu respeito com vcs! =P

Anónimo disse...

Achei o filme brilhante. Adorei cada minuto. Não costumo gostar de filmes do Woody Allen, mas este é uma agradável excepção.
Fica bem*

Joana C. disse...

Carlos: não é por ser fâ do Woody Allen que adorei este filme uma vez que os últimos dele não me chamaram assim tanto a atenção. E quanto ao actor principal, também não o acho brilhante mas é bastante convincente.

trissomico: Este é, de facto, um filme magnífico!

Anónimo disse...

uma obra-prima.
a parte final é allen puro mas todo o filme, a sua evolução e, ao mesmo tempo, a visão circular dada pela metáfora da bola de ténis, são magistrais.

achei os actores mto bons, todos eles.

um must-see, até para quem ñ segue Allen (eu sou fã tb ;) )

João D. disse...

Quero ver se vou mirar este filme depois da bela da aula de italiano na sexta. Este não pode mesmo faltar. Espero é que não mude de horário no alvaláxia até sexta.


PS: A scarlett está o raio dum abuso nas fotos dos golden globes. Xi...

gonn1000 disse...

Grande filme, decerto um dos melhores de 2006, haja o que houver.

João D. disse...

Bem que filme do cacete. A ver se mando a minha psota daqui a umas horas no meu blogue. È que é mesmo bom. sobretudo por ser realmente um filme noir, mas ter momentos quase burlescos. a plateia começou-se a rir numa das últimas cenas do filme(e para quem já o viu não deve ser difícil perceber qual terá sido).

Joana C. disse...

Parece que muitos já se renderam ao filme :D

Anónimo disse...

João as últimas cenas estão espectaculares. Só rir mesmo! Adorei!

Anónimo disse...

É um grande filme, estamos de acordo.

Obrigado pela tua visita ao meu blog. Vou-te adicionar aos meus links lá no meu "Lord Of The Movies" :).

Bjs