sábado, outubro 28, 2006

“The Devil wears Prada” (2006), David Frankel



You are in desperate need of Chanel.

Andrea (Anna Hathaway) é uma jovem aspirante a jornalista que arranja o primeiro emprego numa revista de moda, a Runway, da qual nunca ouviu falar. Só que esta revista que lhe é desconhecida, é a maior revista de moda do mundo e tem como editora uma das mulheres mais conhecidas e implacáveis: Miranda Priestly (Meryl Streep).
Andrea passa a ser a nova assistente de Miranda, um emprego que milhares de raparigas gostariam de ter. Mas para a jovem tudo se torna num verdadeiro inferno uma vez a arrogante chefe despreza completamente os seus funcionários e obriga-os a cumprirem os seus exigentes caprichos.

“The Devil wears Prada”, filme que foi claramente inspirado na editora chefe da Vogue americana, Anna Wintour, dá-nos a conhecer os bastidores de uma revista de moda onde as aparências são o que realmente interessam. Os funcionários e a própria chefe têm que abdicar da vida pessoal em prol da dedicação e sucesso da revista.
Mas o que realmente é aqui analisado é a atitude de Miranda, uma excelente profissional com exigências extravagantes mas que no fundo compensa no trabalho aquilo que lhe falta na vida privada.

Este é um filme divertido, cheio de estilo e de piadas em torno do mundo dos estilistas e das passerelles.
Meryl Streep é espantosa na sua interpretação da fria e arrogante Miranda. Um papel em que não a imaginávamos mas que sem dúvida lhe assenta como uma luva. Chanel de preferência.

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terça-feira, outubro 24, 2006

"Little Miss Sunshine” (2006), Jonathan Dayton/Valerie Faris



Oh my God, I'm getting pulled over. Everyone, just... pretend to be normal.

A família Hoover é, aparentemente, uma família normal. Mas logo numa primeira abordagem ficamos a saber que esta família é bastante peculiar e vive em constantes fricções. O patriarca (Greg Kinnear) ganha a vida a fazer palestras sobre como ser um vencedor na vida, o avô (Alan Arkin) consume drogas e é o mais irresponsável do clã, o tio (Steve Carrel) é um homossexual que além de ter falhado na carreira, falhou também no seu suicídio, Dwayne (Paul Dano) é o irmão que fez um voto de silêncio até conseguir entrar para a Força Aérea e a mãe (Toni Collete) é quem tentar pôr uma certa ordem na casa e na família.
Falta-nos a pequena Olive (Abigail Breslin), que é a personagem por onde toda a história do filme gira em torno. Olive tem o sonho de vir a ser uma Miss e, com a ajuda do avô e da restante família, viaja até à Califórnia para participar no concurso Little Miss Sunshine.

A viagem que os Hoover fazem na sua carrinha Volkswagen, não só vai tornar o sonho de Olive numa realidade, como também vai servir para a própria família se conhecer.
É durante a viagem que estas personagens disfuncionais e excêntricas, cada uma com o seu travo individual de loucura, vão percebendo com quem realmente vivem e quais as fragilidades que as rodeiam como família.

“Miss Little Sunshine”, para além de ser uma divertidíssima comédia saída do cinema independente norte-americano, tem ainda umas agradáveis pitadas de sátira social e drama.
O elenco não podia ter sido melhor escolhido, com especial destaque para a pequena Olive.

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terça-feira, outubro 17, 2006

Cena Clássica #4



Tudo sobre mi madre (1999), Pedro Almodóvar

quarta-feira, outubro 11, 2006

“The Black Dahlia” (2006), Brian de Palma



Nothing stays buried forever. Nothing.

Adaptado do romance homónimo de James Ellroy, a história de “The Black Dahlia” passa-se em Los Angeles na década de 40.
Bucky Bleichert (Josh Hartnett) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart), dois agentes policiais e ex-pugilistas, são destacados para investigar o caso de uma jovem aspirante a actriz que foi brutalmente assassinada.
À medida que a investigação avança, Bleichert e Blanchard vão-se tornando obcecados com o caso e as suas próprias vidas se misturam com a história da Dália Negra.

Visualmente repleto de glamour, ou não se tratasse de um filme decorrido na década de 40, “The Black Dahlia” peca em alguns aspectos, nomeadamente na exaustão de informação dada (informação essa que chega a confundir o espectador).
Vamos recebendo muitos dados mas é só na recta final do filme que os factos vão encaixando um pouco às três pancadas.

Inspirado claramente nos filmes noir dos anos 40 e 50, “The Black Dahlia” tem um argumento bastante interessante (que no entanto poderia ter-se centrado mais no assassinato da Dália Negra sem enveredar por outros caminhos), interpretações exigentes (se bem que Scarlett Johansson não tenha um papel muito relevante na trama) e é estilisticamente inspirador.

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sábado, outubro 07, 2006

O beijo



Kiss V (1964) - Roy Lichtenstein