quinta-feira, março 29, 2007
domingo, março 25, 2007
“Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus” (2007), Steven Shainberg
O mundo pelos olhos de Diane Arbus
Tal como o próprio título do filme indica, “Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus” não é uma biografia convencional e factual sobre uma figura real. É antes uma biografia imaginada da fotógrafa norte-americana Diane Arbus, ou seja, uma espécie de olhar por dentro da sua mente. O filme não pretende sintetizar os aspectos mais relevantes da vida da fotógrafa mas sim mostrar a sua transformação interior e o despertar do seu interesse pela fotografia.
A acção de “Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus” centra-se no ano de 1958, ano em que vemos Diane (Nicole Kidman) como uma dona de casa ideal que, além de mãe e esposa extremosa, é também a assistente do seu marido, um conceituado fotógrafo de moda. Quando um misterioso homem se muda para o prédio de Diane, esta tenta conhecê-lo a todo o custo pois sente-se atraída pela sua aura enigmática. Lionel (Robert Downey Jr.), o vizinho, vai ajudar Diane a fugir da sua vida monótona e a despertar a sua veia artística, dando-lhe a conhecer o mundo das prostitutas, dos anões, dos gigantes, ou seja, o mundo dos freaks.
Não sendo esta uma biopic para se levar à letra, em “Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus” a personagem ficcional de Lionel serve como um elo de ligação entre o mundo convencional de Diane e o submundo da sociedade (que mais tarde vai ser a principal inspiração para o trabalho de Arbus como fotógrafa). Grande destaque para a interpretação de Nicole Kidman e Robert Downey Jr.
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Posted by Joana C. at 11:52 da tarde 1 janelas abertas
segunda-feira, março 19, 2007
“The Curse of the Golden Flower” (2007), Zhang Yimou
Maldição de Família
O último filme de Zhang Yimou estreou recentemente nas salas portuguesas e marca o regresso deste internacionalmente conhecido realizador chinês aos cenários da China ancestral. “The Curse of the Golden Flower”, à semelhança dos dois filmes anteriores (“Hero” e “House of Flying Daggers”), tem como pano de fundo a corte imperial da ostensiva Dinastia de Tang onde os segredos e as relações complexas fazem parte da vida da família real. Épico e magistral, este drama representa uma sociedade dominada por homens onde a Imperatriz (Gong Li) tem como amante o filho do Imperador, enquanto suspeita que o seu marido (Chow Yun Fat) está a envenená-la lentamente.
Este foi o filme chinês mais caro até à data e isso é visível nos cenários absolutamente extraordinários que recriam o glamour e a opulência deste período próspero da história da China. Foi dada também uma especial atenção à iluminação, às cores (onde o dourado impera), aos figurinos (com detalhes espantosos), à maquilhagem e aos efeitos especiais.
O último filme de Zhang Yimou estreou recentemente nas salas portuguesas e marca o regresso deste internacionalmente conhecido realizador chinês aos cenários da China ancestral. “The Curse of the Golden Flower”, à semelhança dos dois filmes anteriores (“Hero” e “House of Flying Daggers”), tem como pano de fundo a corte imperial da ostensiva Dinastia de Tang onde os segredos e as relações complexas fazem parte da vida da família real. Épico e magistral, este drama representa uma sociedade dominada por homens onde a Imperatriz (Gong Li) tem como amante o filho do Imperador, enquanto suspeita que o seu marido (Chow Yun Fat) está a envenená-la lentamente.
Este foi o filme chinês mais caro até à data e isso é visível nos cenários absolutamente extraordinários que recriam o glamour e a opulência deste período próspero da história da China. Foi dada também uma especial atenção à iluminação, às cores (onde o dourado impera), aos figurinos (com detalhes espantosos), à maquilhagem e aos efeitos especiais.
Apesar deste “The Curse of the Golden Flower” ser espantoso a nível visual, parece que falta “alma” ao filme e às personagens. O argumento é um pouco pobre e deveria dar maior ênfase à intriga e relação entre o Imperador e a Imperatriz. No entanto, as espantosas cenas de combate, os cenários absolutamente extraordinários e a interpretação de Gong Li são bons motivos para ir ver este filme.
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Posted by Joana C. at 9:41 da tarde 4 janelas abertas
terça-feira, março 13, 2007
terça-feira, março 06, 2007
“Notes on a Scandal” (2007), Richard Eyre
We are bound by the secrets we share.
A vida de Barbara Covett (Judi Dench), uma professora que escreve todos os pormenores da sua vida num diário, muda radicalmente quando Sheba Hart (Cate Blanchett) começa a dar aulas na escola onde ela lecciona. Solitária, autoritária e profundamente obsessiva, Barbara encontra na figura de Sheba um alvo frágil que é capaz de lhe revelar os mais profundos segredos da sua alma. Barbara percebe que tem Sheba na sua mão quando descobre que esta mantém uma relação amorosa com um aluno.
“Notes on a Scandal” centra-se fundamentalmente na relação entre estas duas mulheres: Sheba vê apenas a sua relação com a colega de trabalho como amizade e faz-lhe confidências por ver, talvez, uma figura materna em Barbara; por outro lado, Barbara quer muito mais do que aquilo que Sheba tem para lhe oferecer.
Barbara pretende tomar controlo completo da vida de Sheba e vê uma excelente oportunidade de o fazer quando descobre o segredo da relação entre a professora e aluno. Percebemos desde logo que o que Barbara pretende não é denunciar Sheba; o que ela deseja é ter algo que possa usar como arma se Sheba descobrir os seus impulsos doentios.
A vida de Barbara Covett (Judi Dench), uma professora que escreve todos os pormenores da sua vida num diário, muda radicalmente quando Sheba Hart (Cate Blanchett) começa a dar aulas na escola onde ela lecciona. Solitária, autoritária e profundamente obsessiva, Barbara encontra na figura de Sheba um alvo frágil que é capaz de lhe revelar os mais profundos segredos da sua alma. Barbara percebe que tem Sheba na sua mão quando descobre que esta mantém uma relação amorosa com um aluno.
“Notes on a Scandal” centra-se fundamentalmente na relação entre estas duas mulheres: Sheba vê apenas a sua relação com a colega de trabalho como amizade e faz-lhe confidências por ver, talvez, uma figura materna em Barbara; por outro lado, Barbara quer muito mais do que aquilo que Sheba tem para lhe oferecer.
Barbara pretende tomar controlo completo da vida de Sheba e vê uma excelente oportunidade de o fazer quando descobre o segredo da relação entre a professora e aluno. Percebemos desde logo que o que Barbara pretende não é denunciar Sheba; o que ela deseja é ter algo que possa usar como arma se Sheba descobrir os seus impulsos doentios.
As interpretações de Cate Blanchett e, principalmente, da veterana Judi Dench (ambas nomeadas para os Óscares deste ano, na categoria de Actriz Secundária e de Actriz Principal, respectivamente) são essenciais para o resultado final do filme. O clima controlador e psicologicamente pesado que Dench cria é absolutamente impressionante, dando ao filme uma aura densa e perturbadora.
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Posted by Joana C. at 6:30 da tarde 1 janelas abertas
domingo, março 04, 2007
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