quarta-feira, setembro 28, 2005

31 Songs

Desafiada por um amigo que por sua vez se inspirou no livro “31 Songs” de Nick Hornby, fiz uma lista das minhas 31 canções preferidas/especiais. Aqui fica a lista:

• Venus - Air
• Lullabye – The Cure
• Untitled #3 – Sigur Rós
• Some Velvet Morning – Primal Sream
• Roads – Portishead
• Your Woman – White Town
• Secret - Madonna
• Climbing up the walls - Radiohead
• Poems - Tricky
• Maps – Yeah Yeah Yeahs
• Tender - Blur
• 74, 75 – The Connells
• She´s your cocaine – Tori Amos
• I wanna hold your hands – The Beatles
• Little girl eyes – Lenny Kravitz
• Eu não sei dizer – Silence 4
• Signs of love - Moby
• Blue Monday – New Order
• 40´ - Franz Ferdinand
• Spies - Coldplay
• Rebellion (Lies) – The Arcade Fire
• Mad about you - Hooverphonic
• I just don´t know what to do with myself – The White Stripes
• Is this it – The Strokes
• Do you think I´m sexy? – Rod Steward
• Loser - Beck
• Group 4 – Massive Attack
• Music – The Gift
• Special Needs - Placebo
• Fuck the pain away - Peaches
• PJ Harvey – The Dancer

terça-feira, setembro 27, 2005

“Inside deep throat” (2005), Fenton Bailey/Randy Barbato



Quando estreou em 1972, nada fazia crer que se tornasse num dos filmes mais rentáveis da história do cinema. Custando apenas 25 mil dólares, “Deep Throat” rendeu mais de 600 milhões, sendo, muito provavelmente, o filme pornográfico mais visto até hoje.
Todo o escândalo que envolveu o filme (incluindo o facto de ter sido banido de 25 estados) foi o motivo para este se ter tornado mundialmente conhecido e visto.

“Inside deep throat” é um documentário sobre o filme que criou um novo género, o porno-chic, e que levou a classe média e alta ao cinema para ver um filme pornográfico.
Mais do que uma abordagem ao sucesso de “Deep throat”, este documentário mostra as consequências sociológicas, ideológicas e políticas que a América sofreu após a estreia do filme. Uma América prestes a ter a sua revolução sexual graças às questões levantadas por um filme “indecente” para uns e “interessante” para outros.

O documentário incide sobretudo nas três figuras principais do filme e nas suas intenções: Gerard Damiano (o realizador), Linda Lovelace (a actriz) e Harry Reems (o actor). Todos eles sofreram de alguma maneira pelo facto de terem participado num filme tão controverso e o documentário mostra-nos o que têm eles a dizer sobre o fenómeno “Deep throat”.

Este é um documentário bastante interessante que procura retratar tudo o que esteve envolvido no escândalo, tanto as pessoas que estiveram envolvidas no filme, como as que o criticaram e viram.

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domingo, setembro 25, 2005

“Takk…” (2005), Sigur Rós



Viagem pelo mundo dos sonhos

Após um disco sem nome e numa língua inventada pela banda e utilizada como um instrumento, os Sigur Rós editam um dos álbuns mais esperados do ano. A curiosidade era muita para saber o que o grupo islandês nos daria a ouvir desta vez. Como já era de esperar, “Takk…” é um álbum brilhante de uma banda que se tem afirmado e destacado no panorama musical internacional.

Depois de nos mostrarem o lado mais obscuro, sombrio e denso da sua música em “ ( )”, os Sigur Rós voltam às melodias idílicas e celestiais que remetem para o seu álbum de 2000, “Ágætis Byrjun”.
É impossível deixarmos de pensar nas paisagens geladas da Islândia quando ouvimos a música dos Sigur-Rós. E apesar de não entendermos as letras (que são em islandês e em “hopelandic”), há qualquer coisa de universal nas palavras cantadas.
“Takk…” é um álbum transparente e puro que, tal como acontece nos trabalhos anteriores, foge dos conceitos normais e usuais ao ter músicas bastante longas (a maior com 10m26).

As músicas de “Takk…” são todas elas magistralmente elaboradas e capazes de nos surpreender: o que começa com uma melodia suave e quase infantil acaba por se revelar numa verdadeira explosão de energia rock (caso gritante no single “Glósóli”, por exemplo).
De cariz libertador, que nos faz sonhar e sentir, “Takk…” é um magnífico e esplendoroso álbum onde somos contemplados com músicas e ambientes tão originais como só os Sigur Rós sabem criar.
É impossível catalogar a música deste grupo e é aí mesmo que se encontra toda a essência e magia das suas composições.

“Takk…” é uma obra suprema e, como tal, todas as músicas são excepcionais. Contudo destaco “Glósóli”, “Hoppíppola”, “Saeglopur”, “Milanó”, “Svo Hljótt”.

10/10

sexta-feira, setembro 23, 2005

“Cinderella Man” (2005), Ron Howard



I have to believe… that when things are bad… I can change them.

Esta é a história de Jim Braddock (Russell Crowe), pugilista norte-americano que viveu durante os anos conturbados da Grande Depressão.
Depois de perder inúmeros combates, Jim é forçado a abandonar os ringues e aceita outros trabalhos para poder sustentar a sua família.
No entanto, Jim tem uma oportunidade de voltar a combater e mostra a todos que é um verdadeiro vencedor.

Jim Braddock personifica o sonho americano ao conseguir conquistar o que queria por amor à sua família. Por essa razão é visto como um herói nos anos 30 e toda a gente o vê como um exemplo a seguir.

“Cinderalla Man” tem uma história bem conhecida e já muitas vezes retratada em outros filmes: o triunfo de uma personalidade mesmo quando tudo nos fazia crer que nada iriam atingir. Mas mesmo assim é impossível ficarmos indiferentes à história de Jim Braddock e à sua comovente dedicação à família (talvez exagerada por se tratar de um filme de Hollywood…) e à perseverança de lutar pelo seu sonho.

Russel Crowe tem uma interpretação irrepreensível e Paul Giamatti (que nunca imaginei ver como manager de boxe) não lhe fica nada atrás.

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quarta-feira, setembro 21, 2005

“The Bravery” (2005), The Bravery



Os bravos revivalistas

Formado em 2003, este quinteto nova-iorquino só em 2005 é que editou o seu primeiro álbum, “The Bravery”.
Seguindo as tendências da moda, a banda foi buscar inspiração ao punk e rock dos anos 70 e 80.
Comparados inúmeras vezes aos The Killers, os The Bravery têm um som mais “sujo” e menos arranjadinho que, tal como se fazia há vinte anos atrás, utiliza imensos sintetizadores. Podemos também ver inúmeras parecenças com o som de garagem dos The Strokes.

O revivalismo das músicas faz-se sentir não só ao nível da sonoridade mas também na própria maneira de Sam Endicott (vocalista e produtor da banda) cantar, que vai inúmeras vezes buscar o timbre e a expressividade de Robert Smith (especialmente em “Tyrant” e “Unconditional”).

As onze músicas que compõem “The Bravery” não passam nunca de medianas, à excepção do single “An honest mistake”, “Tyrant” e “Public Service Announcement” que são sem dúvida boas.
Uma estreia sem grande força apesar das músicas serem, na generalidade, enérgicas e frenéticas. Mas vale a pena dar uma espreitadela ao álbum deste quinteto, nem que seja só uma vez.

5/10

terça-feira, setembro 20, 2005

“Red eye” (2005), Wes Craven



Sometimes bad things happen to good people.

Lisa (Rachel McAdams), uma jovem gerente de um hotel de luxo, vê-se obrigada a viajar para Dallas uma vez que a sua avó faleceu. No regresso, o seu medo e pânico de andar de avião parecem desaparecer quando descobre que o passageiro que viaja a seu lado, Jack Rippner (Cillian Murphy), é um assassino profissional encarregue de matar um importante político que se encontra hospedado no hotel onde Lisa trabalha.
Jack quer que Lisa colabore na sua missão e, para a convencer, ameaça matar o seu pai.
Encurralada, Lisa vai ter que tomar uma decisão.

Wes Craven, realizador da famosa trilogia de terror adolescente “Scream”, volta a fazer um filme que muito fica a dever à originalidade.
Se “Red Eye” nos parece minimamente interessante e empolgante até às cenas passadas dentro do avião (o próprio espaço é bem utilizado como uma personagem sufocante e claustrofóbica) a partir daí toda a emoção e suspense desaparecem.
“Red eye” é um conjunto de lugares comuns e toda a matéria que já foi utilizada neste tipo de thrillers está lá. De novo só mesmo o elenco que até é bastante convincente.

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“Odyssey” (2005), Fischerspooner



Odisseia electrónica

Decorria o ano de 1998 quando o músico Warren Fischer e o actor de teatro experimental Casey Spooner se juntaram para criar uma banda em Nova Iorque.
Com os seus dois apelidos, a banda ganhou um nome: Fischerspooner.
Concentrados em fazer música e concertos com um conceito diferente (que alia multimédia e artes visuais, guarda-roupa original e cenas de dança), a banda lançou este ano o seu segundo trabalho, “Odyssey”, no qual colaboram nomes como Linda Perry e o produtor francês Mirwais (conhecido por trabalhar com Madonna desde 2000).

Os dois membros da banda consideram este álbum “orgânico e rock”, não deixando de parte as suas raízes da música electrónica e de dança. É antes uma fusão de estilos que se juntam para criar melodias bem vivas e cativantes.
“Odyssey”, apesar das batidas electrónicas e do ambiente festivo da sonoridade, é um disco para se ouvir e não apenas para dançar.

“Let it go”, “Cloud”, “Never win” (com nítida inspiração nos Kraftwerk), “A kick in the teeth”, “Everything to gain”e “We need a war” são as melhores músicas do álbum, ou seja, metade do cd é bom, muito bom mesmo. São músicas distintas umas das outras mas estão todas excelentemente bem construídas e apelativas aos nossos ouvidos.
A partir da sexta música “Odyssey” quebra o ritmo e interesse. Tal como tantos outros álbuns, é a partir da segunda metade que o disco começa a ser entediante e monótono. O que é uma pena já que as primeiras músicas faziam prever um excitante regresso dos Fischerspooner.


7/10

segunda-feira, setembro 19, 2005

Madonna - antevisão de "Confessions on a dancefloor"

Madonna quis oferecer aos fãs uma antevisão do seu próximo cd a editar em Novembro. O site oficial revelou esta semana a capa do tão esperado disco de dança, “Confessions on a dancefloor”.
Arrisco-me a dizer que é a sua melhor capa e grafismo de sempre. Mas as imagens falam por si.

sábado, setembro 17, 2005

“De battre mon couer s´est arrêté” (2005), Jacques Audiard



Jacques Audiard volta a filmar o quotidiano realista e duro focado numa só personagem, como já tinha feito no seu anterior trabalho “Sur mes lèvres”.

“De battre mon couer s´est arrêté” centra-se na personagem de Tom (Romain Duris, o “herói” do filme “Residência Espanhola”), um agente imobiliário que, tal como o pai, se dedica também ao lado mais obscuro e criminoso da profissão.
Um dia, Tom volta a reencontrar-se com o seu velho sonho de ser pianista, herança deixada pela sua falecida mãe. Assim, pretende deixar o mundo corrupto em que está envolvido para se dedicar ao seu verdadeiro sonho e vocação: ser pianista profissional. Sem a ajuda ou aceitação dos seus amigos e pai, Tom suporta as mais variadas situações só para poder chegar um pouco mais perto da sua realização pessoal.

A música é, neste filme, uma forma de comunicação entre Tom e a sua professora de piano e uma forma de exorcizar as angústias e raivas do quotidiano pouco gratificador em que vive.
Só quando está em frente ao piano é que Tom consegue sentir-se realmente vivo e feliz.

Jacques Audiard segue com a sua câmara a vida confusa de Tom que se volta a descobrir e ganha força e entusiasmo nessa mesma redescoberta.
O filme tem um tom bastante cru e realista, facto que só o engrandece.
Contudo parecem haver cenas/situações que nada trazem ao filme (como a relação de Tom com a mulher de um dos seus colegas ou a cena em que Tom conhece a namorada do pai).

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quinta-feira, setembro 15, 2005

“My Summer of love” (2005), Pawel Pawlikowski



Apparently I’m a bad influence on people.

Em Yorkshire, Inglaterra, duas adolescentes conhecem-se e envolvem-se numa relação obsessiva de amizade e amor.
Mona (Nathalie Press) é uma rapariga pobre que vive com o irmão, dono de um antigo bar agora reconvertido em igreja.
Tamsin (Emily Blunt), rica, misteriosa e dramática trava amizade com Mona e convida-a para ir a sua casa e para passarem os últimos dias de Verão juntas.
A relação das duas começa então e intensificar-se e a tornar-se mais sólida uma vez que Mona procura algum conforto nos braços de Tamsin e esta procura apenas divertimento e alguém que acredite no seu espírito perverso e maléfico.
A ingenuidade e entrega de Mona são comoventes quando toda a perversidade que assalta a personalidade de Tamsin se começa a evidenciar. O ar sedutor desta acaba por se revelar diabólico quando percebemos o que a rapariga fez só para abalar um pouco a monotonia que é a sua vida.

O tom sinistro que o filme acaba por tomar não convence. Somos primeiro embalados pela paisagem e pelas cores quentes de Verão e, no fim, uma grande reviravolta leva-nos para os temas da morte, religião e espiritismo.
“My Summer of love” é capaz de agradar a muitos (ganhou o prémio de Melhor Filme Britânico nos BAFTA do ano passado) mas também não será assim tão fácil gostar dele.
As interpretações das duas desconhecidas actrizes e a fantástica “Lovely Head” dos Goldfrapp utilizada no início e fim do filme são, para mim, o que “My Summer of Love” tem de bom para oferecer.

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terça-feira, setembro 13, 2005

“Bewitched” (2005), Nora Ephron



Guess what? I'm a witch!

Isabel Bigelow (Nicole Kidman), uma bruxa a sério, pretende deixar a vida da magia pois deseja tornar-se numa pessoa normal. Ao mesmo tempo o actor Jack Wyatt (Will Ferrell) anseia por encontrar a actriz ideal para ser seu par no remake da famosa série televisiva “Bewitched”. É então que os dois se conhecem e Jack convence Isabel a interpretar o papel da bruxa Samantha na série, não imaginando que ela própria é uma bruxa na vida real.

A acção do filme é um misto do que se passa nas filmagens da série e a vida fora do estúdio (tendência esta que parece estar na moda).
Como é de prever logo nos primeiros dois minutos do filme, o romance lamechas de Isabel e Jack tem inúmeras voltas e reviravoltas enjoativas e cansativas.
Nicole Kidman e Will Ferrel não são um bom par romântico para se ver no grande ecrã: falta química entre os dois.

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“Os Edukadores” (2005), Hans Weingartner



Uns contra os outros

“Os Edukadores” tem como título original “Die Fetten Jahre sind vorbei”, ou seja, “Os dias de abundância estão contados”. É isso que os três jovens protagonistas deste filme alemão/austríaco se propõe a fazer: inquietar e mover as consciências dos mais poderosos. Assim, Jan, Peter e Jule entram nas casas dos mais ricos e, sem roubar nada, reorganizam a mobília e deixam mensagens provocadoras.

Depois dos jovens entrarem em casa de Hardenberg (um rico empresário que recebe dinheiro de Jule por esta lhe ter batido com o carro), o filme ganha outros contornos uma vez que os jovens idealistas ficam frente-a-frente com um homem que representa todo o poder que eles contestam.

Focando o idealismo político cada vez mais inexistente principalmente nas camadas mais jovens, “Edukadores” pretende ser também uma história sobre a anti-globalização. Mas também de um pouco de romance vive o filme uma vez que retrata um triângulo amoroso entre os três jovens.

Como disse em entrevista o realizador, Hans Weingartner: “Acho que vivemos numa época em que os jovens querem que exista uma mudança política, mas não sabem por onde começar. Talvez as nossas sociedades se tenham tornado tão individualistas que a dinâmica colectiva já não seja possível”.

Com interpretações bastante vigorosas e naturais de Daniel Bruhl, Julia Jentsch e Stipe Erceg, “Os Edukadores” também ganha bastante ao utilizar na recta final a poderosa música “Hallelujah” de Jeff Buckley.O que este filme tem de mais interessante é a reviravolta final que nos deixa completamente surpresos. Porque afinal há coisas e pessoas que nunca mudam...

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sábado, setembro 10, 2005

“Charlie and the chocolate factory” (2005), Tim Burton



Chewing gum is really gross, chewing gum I hate the most.

Quando se fala de Tim Burton, adjectivos como excêntrico, mágico, colorido e imaginativo estão sempre presentes. É um dos realizadores com maior capacidade de criar fábulas intemporais aliadas a um imaginário repleto de fantasia.

“Charlie and the chocolate factory” encaixa perfeitamente no mundo de Tim Burton.
Willy Wonka (Johnny Depp) é o bizarro dono de uma fábrica de chocolates que pretende receber cinco visitantes, coisa que não fazia há quinze anos.
Charlie (Freddy Highmore), um rapaz de famílias pobres, é um dos contemplados com um bilhete premiado e vê então o seu sonho de conhecer a fábrica realizado.
Charlie, ao contrário das outras quatro crianças (é importante realçar que cada uma delas apresenta um “defeito”:gula, excesso de mimo, autoconfiança exacerbada e vício televisivo) é o único que fica fascinado e encantado com o mundo colorido e bastante musical de Willy Wonka e, por isso mesmo, é o único justo vencedor do prémio especial que acaba por conquistar.

Na bondade, generosidade e simplicidade da personagem de Charlie é que Tim Burton procura fazer a “moral” do filme. O bem vence o mal.
Mas “Charlie and the chocolate factory” é muito mais que isso pois aborda também o passado angustiado e infeliz de Willy Wonka que vê uma criança, Charlie, a dar-lhe uma lição de como os valores familiares são importantes.

As interpretações de Johnny Depp e Freddy Highmore (o pequeno Peter-Pan de “Finding Neverland”) são grandiosas, tal como o filme.
“Charlie and the chocolate factory” diverte, cativa e educa, coisas que é raro um filme fazer ao mesmo tempo. Por isso mesmo este filme é já um dos preferidos a melhor filme do ano para muita gente (e para mim também).Vale a pena visitar o mundo surrealista e mágico de Tim Burton. Tal como a sua fábrica de chocolates.

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terça-feira, setembro 06, 2005

"LCD Soundsystem" (2005), LCD Soundsystem



Dançar o pós-punk

Não é por acaso que a capa do álbum de estreia homónimo dos LCD Soundsystem tem uma bola de espelhos. Fica logo o prenúncio de que este é um disco de dança que evoca os ambientes fumarentos e underground dos clubes nocturnos da década de 80.

James Murphy, o mentor do grupo, conta com um passado recheado de experiências musicais que se centraram basicamente no indie rock, razão pela qual “LCD Soundsystem” (o disco)não poder ser catalogado como sendo apenas um disco de dança. É antes uma fusão da música que se faz há vinte anos: batidas electrónicas, rock revivalista, pop psicadélico, pós-punk e muito, muito ritmo.
Se por um lado temos a loucura exagerada em “Daft Punk is playing at my house” (na minha opinião a música com o título mais original do ano), por outro temos “Never as tired as when i´m waking up”, uma balada suavemente pop.
Logo a seguir encontramos “On repeat” que tal como o título sugere, é apenas a repetição exaustiva de ritmos e palavras. O ponto mais baixo do álbum.
Não posso deixar de salientar as melhores músicas de “LCD Soudsystem”: “Tribulations” e “Disco Infiltrator” que têm em comum as batidas electrónicas bastante atraentes que apelam (e muito) a dar um salto à pista de dança.

“LCD Soundsystem” é composto ainda por um cd extra com os primeiros singles que o grupo compôs e que não acrescentam em muito o que já ouvimos no primeiro álbum.
Destaque para “Give it up” e “Yeah (Crass version)”.


7/10

Uma nova janela

Devido a razões que desconheço, não consigo aceder à página que me permite escrever os textos no meu blog 100th Window (o original). Por isso (e porque a vontade continua) tive que criar um novo blog que optei por chamar também de 100th Window uma vez que pretendo que seja o seguimento do outro.
Espero que continuem a ver/comentar este espaço.
Obrigada :)

(podem ainda aceder ao blog antigo em http://www.100th-window.blogspot.com/ ).